segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Capitulo 3 - Destino Inevitável

CONTO DE FADA ÁS AVESSAS

Capitulo 3  - Destino Inevitável

(Cassy Kayzkay)



A saída do local do show foi difícil, depois de dar toda a atenção para os fãs no camarim, Vitor e Leo também atenderam alguns fãs que os esperava do lado de fora. O carro já estava esperando os irmãos, o hotel não ficava muito longe, quem iria dirigir era Vitor, o carro de seguranças iria atrás, os músicos da banda já tinham ido embora. Enfim Vitor e Leo chegaram no carro e até eles passarem pelos portões pararam inúmeras vezes para tirar fotos. Quando ganharam a estrada e a avenida principal Vitor não parou mais, era dali direto para o hotel. Mas eles jamais chegariam lá.
Suh, ainda passou no posto de gasolina para abastecer e saindo iria direto para casa, mas um carro cortou seu caminho antes que ela saísse do posto.
                - Meu Deus quanta pressa.
Ela saiu da avenida principal que estava movimentada demais e pegou uma rua secundaria. Ela foi obrigada a parar pois a sinalização da cruzamento dizia que a preferência não era dela ,  havia uma carro para passar, estava um pouco longe, mais ela decidiu esperar ele passar para depois ela cruzar a rua e seguiu seu caminho.
Vitor  pegou uma rua preferencial que encurtava o caminho até o hotel, a rua estava um pouco vazia, pois a maioria das pessoas seguem pela avenida principal. De longe viu um carro aguardando que ele passasse, ele estava a uma distancia considerável mas aquele carro o esperava mesmo assim.
Suh notou no espelho as luzes de um carro que se aproximava muito rápido, aquele carro era o mesmo que a cortou na saída do posto de gasolina, ele não iria respeitar a sinalização e iria passar direto, porém o carro que vinha da principal já estava perto.
Vitor dirigia em sua mão e de vislumbre o motorista do carro que o aguardava, estava com o vidro da janela aberto, estava assustada olhando para ele.
                - Leo olha a Suh ali.
Mal houve tempo de Leo olhar. Um carro veio rápido de mais, não conseguiu parar, atingiu o carro dos irmãos com toda a força. O carro de Vitor e Leo capotou inúmeras vezes e parou na calçada de cabeça para baixo a alguns metros de onde Suh estava com o carro, derrubou um poste, os fios de alta tensão estavam por arrebentar e causar sérios danos. Não havia casas por perto eram apenas barracões de indústrias.
Ela tremia quando saiu do carro, precisava fazer alguma coisa. Ela pegou o celular, ligou para a emergência, informou o local do acidente. O carro que provocou o acidente estava parado no meio da rua, ela pensou em ver se estava tudo bem, mas quando se aproximou do carro o motorista deu a partida e fugiu do lugar ela nem conseguiu pegar a placa, mas havia as câmeras de segurança da rua. Então ela correu até o carro capotado. Ela nem imaginava quem poderia ser, chegou pelo lado do carona quando se abaixou e abriu a porta um braço caiu desmaiado no chão da calçada, ela se abaixou para perguntar se estava tudo bem e deu de cara com Leo desmaiado.
                 - Meu Deus, Leo ta tudo bem – perguntou ela levando as mãos na boca para abafar um grito.
                - Aqui! – disse uma voz do outro lado.
El a correr abriu a porta.
                - Vitor, ta tudo bem? Você consegue sair?
                 - Suh? Sabia que era você. Não consigo soltar o cinto.
                - Espera disse ela – Suh procurou o engate de cinto e apertou. Vitor se soltou, estava sangrando na testa – consegue andar.
                - Consigo – respondeu ele.
                - Então vem!
                - Espera Suh que cheiro é esse?
Ela aspirou o ar e sentiu cheiro de gasolina.
                -Tá vazando gasolina Vitor, sai daí logo ta ficando perigoso demais. Esses fios estão quase arrebentando.
Vitor saiu e desengatou o cinto do irmão. Ele e Suh tiram Leo do carro e o arrastaram cuidadosamente para longe do carro e da gasolina, pouco antes da ambulância chegar um fio não suportou o peso do poste e arrebentou explodindo o carro onde a pouco os irmãos estavam.
                -Ele está bem? – perguntou Vitor
Suh aperta o pulso procurando sentir as batidas do coração.
                -Então Suh ele tá o não?
                - Não sei não consigo achar a pulsação dele.
Vitor começa a se desesperar.
                - MeU Deus, era eu que estava no volante, se acontecer alguma coisa com ele eu morro.
                - Não fala bobagem Vitor, senta e se acalma, a ambulância já está vindo.
Suh procurou a pulsação no pescoço e a sentiu muito fraca.
                -Ele esta bem, mas a pulsação dele tá muito fraca.
A ambulância chega e Leo é colocado na maca.
                -Vocês o tiraram do carro?- pergunta um dos enfermeiros.
                -Sim  - responde Suh.
                - Não deveriam ter mexido nele, poderiam agravar o estado dele.
                - Eu sei –respondeu ela novamente – mas, seria melhor do que ter o deixado explodir com o carro.
                - O enfermeiro olhou a bola de fogo no outro lado da rua, é parece que o fim justifica os meios.
O outro enfermeiro olha para Vitor e pergunta:
                -Você esta bem
Vitor faz um sinal que sim e diz que ele não sofreu nada grave.
                - Você pode me levar até o hospital? – pergunta Vitor
                - Claro entra no carro.
Suh e Vitor entram e seguem a ambulância.
                - Você tem que avisar a Tati.
                - Verdade ela nem sabe do que aconteceu, ela foi pro hotel assim que acabou o show. Me empresta o seu celular? O meu acabou ficando no carro.
Suh puxa a bolsa do banco de trás do carro, abre e tira o telefone. Vitor disca o número. O telefone chama três vezes.
                -Alô – diz Tati.
                - Oi Tati, é o Vitor.
                - O que foi, vocês ainda estão aí?
                - Não Tati, olha tá todo mundo bem ok, não precisa ficar preocupada, e bati o carro, mas tá todo mundo vivo.
                - Cadê o Leo? – quis saber Tati.
                - Então, ele foi pro hospital. Mas não é nada grave.
                - Eu to indo pra lá.
Tati desliga o  telefone, pega um taxi e vai pro hospital. Chega junto com Vitor, Suh e a ambulância. Se desespera ao ver Leo desacordado.
                - Leo, amor fala comigo. Ela segura a mão dele e o segue ate o atendimento, mas os médicos não a deixam seguir adiante.
No tempo que se ocorreu os exames, Vitor explicou tudo o que aconteceu a polícia e Suh esclareceu a Tati  o ocorrido.
Estavam todos no hall de espera do hospital, quando o médico volta.
                -Então doutor, como ele está – se adianta Tati.
                - Ele esta fora de perigo, teve algumas lesões, mas nada muito serio tendo em vista que o carro atingiu o lado em que ele estava. Ele vai ficar em observação, vocês podem vê-lo.
Tati e Vitor se levantaram.
                -Então eu acho que vou indo embora.- disse Suh
                -Não, imagina, você vem com a gente. O Leo iria adorar falar com você – disse Vitor.
Ele a pegou pela mão e a conduziu hospital a dentro até o quarto onde Leo estava.
A porta se abriu, Leo estava recostado com a mão direita enfaixada, e um curativo na testa. Tati não segurou a emoção:
                -Como você tá amor? Fiquei tão preocupada.
Leo deu um beijo nela e disse:
                - To bem, agora sim,  cadê o Vitor eu não vi ele.
                -To aqui – disse Vitor.
                -Vem aqui cara, ta tudo bem com você?
                -Tá , comigo não aconteceu nada só uns arranhões.
Leo enxergou aquela pessoa quieta no fundo da sala.
                - Você! Suh?
Suh olhou rapidamente para Leo
                -Oi Leo – disse Suh
                - Ouvi sua voz antes de desmaiar, obrigado, sei que você ajudou a me tirar do carro.
                -Que isso Leo, faria isso por qualquer pessoa.
                - Eu sei, mas mesmo assim obrigado por ficar desta vez.
Suh deu risada.
Vitor e Suh deixaram Leo e Tati a sós para conversarem, Leo explicou a mulher de onde conhece Suh e toda a história dela com o irmão.
Vitor estava exausto, Suh sentou numa das cadeiras do hall, olhou para Vitor:
                -Vitor – disse ela – preciso ir. Sei que você quer falar comigo, mas esse assunto não faz mais sentido. Deixe o passado pra trás, pra que ficar revivendo tudo aquilo.
                - Suh o destino fez nossos caminhos se cruzarem duas vezes hoje, de formas bem inusitadas, é inevitável ficar adiando essa conversa, só quero que me responda – pediu ele – por que sumiu no meio da noite?
                - Ok! Eu tinha duas opções com você, ou eu abandonava meu sonho e te seguia aonde fosse, ou cada vez menos a gente se veria, eu seguiria meu sonho mas perderia você. Eu fiz uma escolha Vitor, segui minha vida, você seguiu a sua e fim.
Tati chegou olhou para os dois e disse:
                -Vou ficar com ele aqui no hospital, se você quiser pode ir Vitor, não faz sentido nós dois aqui, vai descansar um pouco.
                -Tem certeza?
                -Claro qualquer coisa eu te ligo.
                -Tô sem celular.
                -É verdade, bom mais eu ligo no hotel.
                -Em que hotel vocês estão? – perguntou Suh
                - No Gold Plaza – respondeu Tati.
                -Mas fica muito longe – disse Suh.
                -Onde você mora?-perguntou Vitor – Você estava no mesmo caminho que a gente.
                - Por que?
                - Eu poderia ficar na sua casa essa noite? Assim se eu voltar pro hotel, vou ter que ir de taxi e se a Tati precisar  que eu volte, até eu conseguir um taxi disponível nesse trânsito.
Suh pensou em mil coisas, mas devia isso a ele. Mesmo escondendo um segredo enorme ela não podia negar isso a ele.
                -Vamos então – disse Suh tirando um cartão de sua bolsa – Aqui Tati, se você precisar aqui está o meu telefone e meu celular, pode ligar que eu trago o Vitor aqui.
                -Pode ir Vitor – disse Tati – qualquer coisa eu aviso.
Vitor e Suh seguiram para o carro, Suh não sabia mas Vitor não ficou convencido da história que ela lhe contou no hall da sala de espera, ele queria saber mais. O destino estava os empurrando na mesma direção, alguma coisa muito seria tinha acontecido  naquela noite em São Paulo, para Suh deixa-lo no meio da noite. E ele estava disposto 

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