CONTO DE FADA ÁS AVESSAS
Capitulo 3 - Destino
Inevitável
(Cassy Kayzkay)
A saída do local do show foi difícil, depois de dar toda a
atenção para os fãs no camarim, Vitor e Leo também atenderam alguns fãs que os
esperava do lado de fora. O carro já estava esperando os irmãos, o hotel não
ficava muito longe, quem iria dirigir era Vitor, o carro de seguranças iria
atrás, os músicos da banda já tinham ido embora. Enfim Vitor e Leo chegaram no
carro e até eles passarem pelos portões pararam inúmeras vezes para tirar
fotos. Quando ganharam a estrada e a avenida principal Vitor não parou mais,
era dali direto para o hotel. Mas eles jamais chegariam lá.
Suh, ainda passou no posto de gasolina para abastecer e
saindo iria direto para casa, mas um carro cortou seu caminho antes que ela
saísse do posto.
- Meu
Deus quanta pressa.
Ela saiu da avenida principal que estava movimentada demais
e pegou uma rua secundaria. Ela foi obrigada a parar pois a sinalização da
cruzamento dizia que a preferência não era dela , havia uma carro para passar, estava um pouco
longe, mais ela decidiu esperar ele passar para depois ela cruzar a rua e
seguiu seu caminho.
Vitor pegou uma rua
preferencial que encurtava o caminho até o hotel, a rua estava um pouco vazia,
pois a maioria das pessoas seguem pela avenida principal. De longe viu um carro
aguardando que ele passasse, ele estava a uma distancia considerável mas aquele
carro o esperava mesmo assim.
Suh notou no espelho as luzes de um carro que se aproximava
muito rápido, aquele carro era o mesmo que a cortou na saída do posto de
gasolina, ele não iria respeitar a sinalização e iria passar direto, porém o
carro que vinha da principal já estava perto.
Vitor dirigia em sua mão e de vislumbre o motorista do carro
que o aguardava, estava com o vidro da janela aberto, estava assustada olhando
para ele.
- Leo olha a Suh ali.
Mal houve tempo de Leo olhar. Um carro veio rápido de mais,
não conseguiu parar, atingiu o carro dos irmãos com toda a força. O carro de
Vitor e Leo capotou inúmeras vezes e parou na calçada de cabeça para baixo a
alguns metros de onde Suh estava com o carro, derrubou um poste, os fios de
alta tensão estavam por arrebentar e causar sérios danos. Não havia casas por
perto eram apenas barracões de indústrias.
Ela tremia quando saiu do carro, precisava fazer alguma
coisa. Ela pegou o celular, ligou para a emergência, informou o local do
acidente. O carro que provocou o acidente estava parado no meio da rua, ela
pensou em ver se estava tudo bem, mas quando se aproximou do carro o motorista
deu a partida e fugiu do lugar ela nem conseguiu pegar a placa, mas havia as
câmeras de segurança da rua. Então ela correu até o carro capotado. Ela nem
imaginava quem poderia ser, chegou pelo lado do carona quando se abaixou e
abriu a porta um braço caiu desmaiado no chão da calçada, ela se abaixou para
perguntar se estava tudo bem e deu de cara com Leo desmaiado.
- Meu Deus, Leo ta tudo bem – perguntou ela
levando as mãos na boca para abafar um grito.
- Aqui!
– disse uma voz do outro lado.
El a correr abriu a porta.
-
Vitor, ta tudo bem? Você consegue sair?
- Suh? Sabia que era você. Não consigo soltar
o cinto.
-
Espera disse ela – Suh procurou o engate de cinto e apertou. Vitor se soltou,
estava sangrando na testa – consegue andar.
-
Consigo – respondeu ele.
- Então
vem!
-
Espera Suh que cheiro é esse?
Ela aspirou o ar e sentiu cheiro de gasolina.
-Tá
vazando gasolina Vitor, sai daí logo ta ficando perigoso demais. Esses fios
estão quase arrebentando.
Vitor saiu e desengatou o cinto do irmão. Ele e Suh tiram
Leo do carro e o arrastaram cuidadosamente para longe do carro e da gasolina,
pouco antes da ambulância chegar um fio não suportou o peso do poste e
arrebentou explodindo o carro onde a pouco os irmãos estavam.
-Ele
está bem? – perguntou Vitor
Suh aperta o pulso procurando sentir as batidas do coração.
-Então
Suh ele tá o não?
- Não
sei não consigo achar a pulsação dele.
Vitor começa a se desesperar.
- MeU
Deus, era eu que estava no volante, se acontecer alguma coisa com ele eu morro.
- Não
fala bobagem Vitor, senta e se acalma, a ambulância já está vindo.
Suh procurou a pulsação no pescoço e a sentiu muito fraca.
-Ele
esta bem, mas a pulsação dele tá muito fraca.
A ambulância chega e Leo é colocado na maca.
-Vocês
o tiraram do carro?- pergunta um dos enfermeiros.
-Sim - responde Suh.
- Não deveriam
ter mexido nele, poderiam agravar o estado dele.
- Eu
sei –respondeu ela novamente – mas, seria melhor do que ter o deixado explodir
com o carro.
- O
enfermeiro olhou a bola de fogo no outro lado da rua, é parece que o fim
justifica os meios.
O outro enfermeiro olha para Vitor e pergunta:
-Você esta
bem
Vitor faz um sinal que sim e diz que ele não sofreu nada
grave.
- Você
pode me levar até o hospital? – pergunta Vitor
- Claro
entra no carro.
Suh e Vitor entram e seguem a ambulância.
- Você tem
que avisar a Tati.
-
Verdade ela nem sabe do que aconteceu, ela foi pro hotel assim que acabou o show.
Me empresta o seu celular? O meu acabou ficando no carro.
Suh puxa a bolsa do banco de trás do carro, abre e tira o
telefone. Vitor disca o número. O telefone chama três vezes.
-Alô –
diz Tati.
- Oi
Tati, é o Vitor.
- O que
foi, vocês ainda estão aí?
- Não
Tati, olha tá todo mundo bem ok, não precisa ficar preocupada, e bati o carro,
mas tá todo mundo vivo.
- Cadê
o Leo? – quis saber Tati.
-
Então, ele foi pro hospital. Mas não é nada grave.
- Eu to indo pra lá.
Tati desliga o
telefone, pega um taxi e vai pro hospital. Chega junto com Vitor, Suh e
a ambulância. Se desespera ao ver Leo desacordado.
- Leo,
amor fala comigo. Ela segura a mão dele e o segue ate o atendimento, mas os médicos
não a deixam seguir adiante.
No tempo que se ocorreu os exames, Vitor explicou tudo o que
aconteceu a polícia e Suh esclareceu a Tati
o ocorrido.
Estavam todos no hall de espera do hospital, quando o médico
volta.
-Então
doutor, como ele está – se adianta Tati.
- Ele
esta fora de perigo, teve algumas lesões, mas nada muito serio tendo em vista
que o carro atingiu o lado em que ele estava. Ele vai ficar em observação, vocês
podem vê-lo.
Tati e Vitor se levantaram.
-Então
eu acho que vou indo embora.- disse Suh
-Não,
imagina, você vem com a gente. O Leo iria adorar falar com você – disse Vitor.
Ele a pegou pela mão e a conduziu hospital a dentro até o
quarto onde Leo estava.
A porta se abriu, Leo estava recostado com a mão direita
enfaixada, e um curativo na testa. Tati não segurou a emoção:
-Como você
tá amor? Fiquei tão preocupada.
Leo deu um beijo nela e disse:
- To
bem, agora sim, cadê o Vitor eu não vi
ele.
-To
aqui – disse Vitor.
-Vem
aqui cara, ta tudo bem com você?
-Tá ,
comigo não aconteceu nada só uns arranhões.
Leo enxergou aquela pessoa quieta no fundo da sala.
- Você!
Suh?
Suh olhou rapidamente para Leo
-Oi Leo
– disse Suh
- Ouvi
sua voz antes de desmaiar, obrigado, sei que você ajudou a me tirar do carro.
-Que
isso Leo, faria isso por qualquer pessoa.
- Eu
sei, mas mesmo assim obrigado por ficar desta vez.
Suh deu risada.
Vitor e Suh deixaram Leo e Tati a sós para conversarem, Leo
explicou a mulher de onde conhece Suh e toda a história dela com o irmão.
Vitor estava exausto, Suh sentou numa das cadeiras do hall,
olhou para Vitor:
-Vitor –
disse ela – preciso ir. Sei que você quer falar comigo, mas esse assunto não faz
mais sentido. Deixe o passado pra trás, pra que ficar revivendo tudo aquilo.
- Suh o
destino fez nossos caminhos se cruzarem duas vezes hoje, de formas bem
inusitadas, é inevitável ficar adiando essa conversa, só quero que me responda –
pediu ele – por que sumiu no meio da noite?
- Ok!
Eu tinha duas opções com você, ou eu abandonava meu sonho e te seguia aonde
fosse, ou cada vez menos a gente se veria, eu seguiria meu sonho mas perderia você.
Eu fiz uma escolha Vitor, segui minha vida, você seguiu a sua e fim.
Tati chegou olhou para os dois e disse:
-Vou
ficar com ele aqui no hospital, se você quiser pode ir Vitor, não faz sentido
nós dois aqui, vai descansar um pouco.
-Tem
certeza?
-Claro
qualquer coisa eu te ligo.
-Tô sem
celular.
-É
verdade, bom mais eu ligo no hotel.
-Em que
hotel vocês estão? – perguntou Suh
- No Gold
Plaza – respondeu Tati.
-Mas
fica muito longe – disse Suh.
-Onde você
mora?-perguntou Vitor – Você estava no mesmo caminho que a gente.
- Por
que?
- Eu poderia
ficar na sua casa essa noite? Assim se eu voltar pro hotel, vou ter que ir de
taxi e se a Tati precisar que eu volte,
até eu conseguir um taxi disponível nesse trânsito.
Suh pensou em mil coisas, mas devia isso a ele. Mesmo
escondendo um segredo enorme ela não podia negar isso a ele.
-Vamos então
– disse Suh tirando um cartão de sua bolsa – Aqui Tati, se você precisar aqui está
o meu telefone e meu celular, pode ligar que eu trago o Vitor aqui.
-Pode
ir Vitor – disse Tati – qualquer coisa eu aviso.
Vitor e Suh seguiram para o carro, Suh não sabia
mas Vitor não ficou convencido da história que ela lhe contou no hall da sala
de espera, ele queria saber mais. O destino estava os empurrando na mesma direção,
alguma coisa muito seria tinha acontecido
naquela noite em São Paulo, para Suh deixa-lo no meio da noite. E ele
estava disposto
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